O ex-ministro da Defesa encontra-se detido desde 14 de dezembro em um quartel na Vila Militar, no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução de justiça, solicitação feita pela Polícia Federal (PF) e autorizada por Moraes. Sóstenes destacou em sua solicitação o artigo 41 da Lei de Execução Penal como justificativa para a visita, devido à proximidade e amizade duradoura com o general da reserva.
Braga Netto foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por integrar um grupo que teria coordenado uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-ministro era candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) e foi apontado como um dos líderes da suposta trama pelo procurador-geral, Paulo Gonet.
A Polícia Federal concluiu que Braga Netto teria incitado a tentativa de golpe e ordenado ataques contra membros das Forças Armadas contrários à trama. Além disso, ele teria financiado a ação de oficiais das Forças Especiais do Exército para assassinar autoridades da República.
O julgamento da denúncia contra Bolsonaro, Braga Netto e outros aliados do ex-presidente teve início nesta terça-feira, 25, na Primeira Turma do STF. As defesas dos denunciados apresentaram preliminares que foram rejeitadas e o colegiado definirá nesta quarta-feira, 26, se eles se tornarão réus no Supremo pela tentativa de ruptura democrática.
Durante a sessão, a defesa do general, representada pelo advogado José Luis Oliveira, contestou a delação do tenente-coronel Mauro Cid e solicitou a anulação do acordo, alegando que o colaborador teria mentido e que o acordo foi firmado sem a anuência do Ministério Público Federal.