Gordo, apontado como braço direito de Wanderson Nilton de Paula Lima, conhecido como Andinho, mantinha seus negócios criminosos mesmo estando preso, utilizando cartas vazadas para fora da cadeia para movimentar bilhões e fazer fortuna. Durante um racha histórico na cúpula do PCC, Gordo se viu no meio de uma disputa de liderança, enviando cartas e pedidos de clemência para membros da facção, visando garantir sua própria vida.
Um dos destinatários das cartas de Gordo foi Décio Gouveia Luís, conhecido como Português, apontado como o “herdeiro” de Marcola na liderança da organização criminosa. Outro membro importante para quem Gordo enviou mensagens foi Patric Velinton Salomão, o Forjado, considerado o número 1 da facção nas ruas e investigado por planejar atentados contra autoridades.
As cartas reveladas pela Polícia Civil mostram os esforços de Gordo para continuar no comando de seus negócios criminosos, buscando parcerias e garantindo sua lealdade e honestidade. Além disso, os documentos apontam para a existência de um “banco digital do crime”, movimentando bilhões e financiando políticos. O racha na cúpula do PCC também foi um aspecto importante abordado nas cartas, com Marcola decretando a morte de antigos aliados e Gordo sendo transferido para outra unidade prisional como medida de segurança.
Esses fatos revelam a complexidade e a dinâmica do mundo do crime organizado, com disputas de poder, alianças e traições constantes, demonstrando a influência e o alcance do PCC no cenário nacional e internacional. As cartas de Gordo são um reflexo dessa realidade sombria e violenta, evidenciando a importância da inteligência e da investigação policial para desmantelar essas organizações criminosas.