Líder do PCC, Gordo manteve império criminoso atrás das grades: tráfico, lavagem de dinheiro e parcerias para expandir domínio.



No ano de 2002, um fato marcante ocorreu na vida de Anderson Manzino, conhecido como Gordo. Ele foi preso e trancafiado no sistema carcerário de São Paulo. Ao mesmo tempo, nesse mesmo ano, Marco Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, ascendeu ao posto de líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC). Esses acontecimentos foram fundamentais para a história da facção criminosa que se tornou a maior organização criminosa do país, com ramificações em mais de 20 países.

Gordo, apontado como braço direito de Wanderson Nilton de Paula Lima, conhecido como Andinho, mantinha seus negócios criminosos mesmo estando preso, utilizando cartas vazadas para fora da cadeia para movimentar bilhões e fazer fortuna. Durante um racha histórico na cúpula do PCC, Gordo se viu no meio de uma disputa de liderança, enviando cartas e pedidos de clemência para membros da facção, visando garantir sua própria vida.

Um dos destinatários das cartas de Gordo foi Décio Gouveia Luís, conhecido como Português, apontado como o “herdeiro” de Marcola na liderança da organização criminosa. Outro membro importante para quem Gordo enviou mensagens foi Patric Velinton Salomão, o Forjado, considerado o número 1 da facção nas ruas e investigado por planejar atentados contra autoridades.

As cartas reveladas pela Polícia Civil mostram os esforços de Gordo para continuar no comando de seus negócios criminosos, buscando parcerias e garantindo sua lealdade e honestidade. Além disso, os documentos apontam para a existência de um “banco digital do crime”, movimentando bilhões e financiando políticos. O racha na cúpula do PCC também foi um aspecto importante abordado nas cartas, com Marcola decretando a morte de antigos aliados e Gordo sendo transferido para outra unidade prisional como medida de segurança.

Esses fatos revelam a complexidade e a dinâmica do mundo do crime organizado, com disputas de poder, alianças e traições constantes, demonstrando a influência e o alcance do PCC no cenário nacional e internacional. As cartas de Gordo são um reflexo dessa realidade sombria e violenta, evidenciando a importância da inteligência e da investigação policial para desmantelar essas organizações criminosas.

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