Líder da oposição armada na Síria garante compromisso de impedir ataques a Israel após derrubada do governo Assad.



O atual cenário político na Síria passou por uma mudança significativa com a ascensão de novas autoridades, lideradas por Ahmed Sharaa, comandante do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Desde a queda do governo de Bashar al-Assad em 8 de dezembro de 2024, Sharaa tem se posicionado de forma contundente, prometendo que o território sírio não será utilizado para lançar ataques contra Israel. Essa afirmação marca um desdobramento importante nas relações complexas e tensas entre as duas nações.

Sharaa, conhecido também como Abu Mohamad Jolani, afirmou, em um discurso recente, que o novo governo está comprometido com o acordo de 1974, que estabelece normas de segurança entre os países. Ele ainda enfatizou a disposição do governo sírio em facilitar o retorno dos observadores da ONU, o que poderia contribuir para a estabilização da região e, possivelmente, para uma isenção de conflitos. Essa postura sugere uma tentativa de reestabelecer a confiança e, ao mesmo tempo, reafirmar a soberania síria.

Estes desenvolvimentos ocorrem em um contexto em que Israel tem intensificado seus ataques aéreos em território sírio, bombardeando alvos que, segundo as autoridades israelenses, estariam associados a grupos militantes islâmicos. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, recentemente ordenou ao Exército que se preparasse para manter suas posições nas Colinas de Golã, numa estratégia que visa proteger a segurança nacional israelense diante das constantes transformações na Síria.

O fato de Sharaa ter assumido um compromisso de não permitir que a Síria sirva como base de operações para ataques a Israel pode ser interpretado como uma estratégia não apenas de contenção de conflitos, mas também de tentativa de afirmação do novo governo frente a pressões internas e externas. Essa decisão pode igualmente ter implicações em futuras negociações diplomáticas e militares na região, além de influenciar a dinâmica entre grupos armados, forças estatais e potências estrangeiras envolvidas no conflito.

À medida que a Síria busca se reerguer de anos de guerra civil e instabilidade, o futuro do país permanecerá intrinsecamente ligado à relação com Israel e a forma como as novas autoridades gerenciarão tanto suas alianças quanto suas adversidades.

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