Merkacheva aponta que não existem evidências concretas de crime contra Vardanyan, sugerindo que sua detenção é motivada politicamente. A pressão exercida pelas autoridades azerbaijanas sobre a investigação e a defesa é alarmante. Segundo ela, Vardanyan, que atuou como ministro de Estado por três meses, estava focado em atividades humanitárias, como a organização de assistência médica e fornecimento de alimentos, e nunca participou de ações militares. Essencialmente, ele se deslocou para Nagorno-Karabakh apenas após o cessar-fogo, o que o diferencia dos envolvidos diretamente nos combates.
O caráter militar do julgamento impõe restrições significativas, comprometendo a defesa adequada de Vardanyan e limitando a cobertura da imprensa. Embora o tribunal tenha apresentado algumas informações publicamente, a ausência de jornalistas independentes levanta preocupações sobre a transparência do processo. O desafio para a família de Vardanyan em localizar um advogado é um reflexo do clima tenso que envolve a defesa legal, pois muitos profissionais estão sob pressão para se distanciar do caso.
Merkacheva acredita que a libertação de Vardanyan poderia marcar uma mudança crucial na abordagem do conflito entre Armênia e Azerbaijão. Ela sugere que esse gesto poderia contribuir para a estabilidade na região e ajudar a evitar uma escalada de tensões militares no Cáucaso do Sul. A situação em Nagorno-Karabakh continua a ser uma questão delicada que exige atenção internacional, com implicações profundas para a paz duradoura entre as nações envolvidas.