Aoun, que já foi comandante do Exército libanês, reiterou que o Estado deve ter o monopólio da posse de armas em seu território, afirmando que somente assim será possível construir uma política de defesa eficaz que assegure a soberania do Líbano, especialmente diante das ameaças externas, como a ocupação israelense. O novo presidente destacou a necessidade de um diálogo saudável e produtivo com a Síria, sugerindo que este poderia ser um passo crucial para resolver questões pendentes que afetam a região, como as fronteiras, o destino de desaparecidos em conflitos passados e a difícil situação dos refugiados.
Ademais, Aoun comprometeu-se a revitalizar instituições governamentais fundamentais, como a comissão de revisão judicial, que é essencial para restaurar a confiança pública nas estruturas de justiça do Líbano. Ele também enfatizou a importância da reforma do sistema prisional e da reconstrução do país, devastado por diversos conflitos armados nos últimos anos.
Com sua eleição, Joseph Aoun insere-se num contexto onde o Líbano passou por um período prolongado de vazio presidencial, que se estendeu desde outubro de 2022, culminando em tensões políticas e sociais. O novo presidente buscou o apoio de 99 dos 128 deputados durante a votação, um forte indicador de que ele pode formar uma base de apoio estável no parlamento. A constituição libanesa estabelece um sistema político complexo, no qual o presidente deve ser um cristão maronita, refletindo a diversidade confessional que caracteriza a nação.
Aoon está agora em busca de formar um novo governo e começar um diálogo significativo com seus pares, na esperança de trazer um novo rumo ao Líbano e restaurar a confiança do povo libanês em suas instituições.