Khodr observou que a escassez de recursos é uma realidade cada vez mais presente, com postos de gasolina abastecendo veículos sob a orientação de seus proprietários para que as pessoas estocassem alimentos e suprimentos básicos à medida que se aproxima o inverno. Este contexto de emergência se soma a uma situação já crítica que se desenrola desde o início do mês, quando Israel intensificou sua operação militar terrestre contra o Hezbollah, grupo militante com forte presença no sul do Líbano.
A intensidade da ofensiva israelense já resultou em mais de 2 mil mortos, incluindo diversos líderes do Hezbollah. Estima-se que mais de 1 milhão de libaneses se tornaram deslocados internos ou refugiados devido aos conflitos. Apesar da pressão e das perdas significativas, o Hezbollah mantém suas operações e continua a lançar foguetes em direção ao território israelense, demonstrando a persistência do grupo armada na luta contra as forças israelenses.
O foco da campanha militar de Israel busca possibilitar o retorno de cerca de 60 mil moradores do norte do Líbano que foram evacuados durante os conflitos armados do ano passado, os quais, por sua vez, foram motivados pelo apoio ao movimento palestino Hamas. A situação no Líbano, enquanto isso, continua a deteriorar, levantando preocupações sobre a capacidade de resposta humanitária em uma região já marcada por um histórico de conflitos prolongados e crises humanitárias. A comunidade internacional observa a situação com crescente apreensão, à medida que a tensão entre Israel e seus vizinhos se intensifica.