Nascido em Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo Batista era filho de imigrantes italianos e desde cedo demonstrou sua paixão pela comunicação. Aos 15 anos, já trabalhava com serviços de alto-falantes em sua cidade natal, logo se estabelecendo no rádio nos anos 1940. Sua trajetória na comunicação se estendeu por mais de sete décadas, sendo que mais da metade desse período foi dedicada à TV Globo, onde se tornou uma referência no jornalismo esportivo.
Apesar de sua especialização em esportes, Léo Batista era reconhecido como o “coringa” da emissora carioca. Sua contribuição para a televisão brasileira incluiu momentos marcantes, como quando foi chamado como freelancer para compor a equipe de jornalistas que cobriu a Copa do Mundo de 1970, no México. A partir daí, sua carreira na emissora decolou, chegando a substituir o renomado apresentador Cid Moreira em uma edição do “Jornal Nacional” e posteriormente sendo contratado de forma definitiva.
Além de seu trabalho na Globo, Léo Batista foi pioneiro em diversos aspectos. Ele foi o primeiro apresentador do “Jornal Hoje”, do “Esporte Espetacular” e do “Globo Esporte”, todos programas de grande relevância na grade da emissora. Sua versatilidade também o levou a participar do “Globo Rural” e a conduzir momentos históricos, como o primeiro anúncio da morte do presidente Getúlio Vargas e as primeiras transmissões de surfe e Fórmula 1 na televisão brasileira.
Uma das suas contribuições mais marcantes foi a introdução do quadro de gols do “Fantástico”, programa dominical que revolucionou a forma como o futebol era acompanhado pelo público. Com sua simpatia, conhecimento e versatilidade, Léo Batista conquistou o coração dos telespectadores e se tornou uma figura icônica da televisão brasileira. Sua partida deixa saudade e um legado inestimável para o jornalismo esportivo do país.
