Por outro lado, 23,2% dos respondentes apontaram o governo Lula como responsável, refletindo uma divisão de opiniões em relação às gestões passadas. Isso sugere que questões relacionadas ao sistema de previdência e à malversação de recursos não são vistas apenas como problemas recentes, mas também como heranças de administrações anteriores. A crítica direcionada a Lula revela que há uma percepção de continuidade em falhas gerenciais que comprometem a confiança dos contribuintes no sistema.
Ademais, 9,1% dos participantes atribuíram a culpa ao governo de Michel Temer, embora esses números sejam consideravelmente menores. Isso pode indicar que a percepção de responsabilidade nessa administração é menos pronunciada, talvez em função do curto período no cargo ou das circunstâncias específicas que caracterizaram sua gestão.
Esses dados trazem à tona um debate essencial sobre a responsabilidade fiscal e a proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas. O desvio de verbas que deveriam assegurar um futuro digno aos beneficiários do INSS é um tema que persiste na agenda pública. A insatisfação expressa na pesquisa revela um cenário de desconfiança em relação ao manuseio de recursos da previdência social, levando muitos a questionar a eficácia das políticas de governança e a transparência nas ações governamentais.
Este ambiente exige uma reflexão mais profunda sobre o papel dos governantes na proteção dos interesses dos cidadãos mais vulneráveis e um compromisso renovado com a integridade dos sistemas de previdência. A sociedade aguarda soluções concretas para que a segurança financeira dos aposentados e pensionistas seja devidamente garantida, independentemente de qual seja o governo em exercício.