A empresa vencedora do edital terá a responsabilidade de investir em duplicações, implantação de faixas adicionais, vias marginais, novos dispositivos, adequação de obras de artes especiais, novas passarelas e pontos de ônibus ao longo de 30 anos. Além disso, está prevista a construção de 50 quilômetros de pistas marginais no trecho urbano da Raposo Tavares e de 20 quilômetros de quartas faixas para ampliar a capacidade do tráfego. Um túnel na chegada de São Paulo até a Marginal Pinheiros, com três viadutos para desafogar o trânsito, faz parte do projeto.
No entanto, a concessão da Rodovia Raposo Tavares tem causado polêmica. O governo estadual precisou fazer alterações no projeto original, agora chamado de Nova Raposo, devido aos pedidos e reivindicações dos moradores da região. A implementação de novas ciclovias, construção de vias e viadutos, acessos ligando a avenida Escola Politécnica à Marginal Pinheiros e ao Butantã são algumas das mudanças feitas para atender aos apelos da população.
Mesmo com as mudanças, parte dos moradores não está satisfeita e um movimento intitulado “Nova Raposo Não” pede a suspensão total da concessão. Eles argumentam que o projeto prioriza o automóvel e traz impactos negativos ao meio ambiente e às áreas residenciais que serão afetadas. O governo, por sua vez, afirma ter ouvido mais de 60% das reivindicações feitas durante as audiências públicas, mas o movimento contesta a forma como tais alterações foram conduzidas.
Diante disso, a concessão da Rodovia Raposo Tavares continua sendo alvo de debates e controvérsias, mostrando a importância de conciliar os interesses públicos e privados com as necessidades e preocupações da comunidade local.