Le Pen aponta falhas no acordo UE-EUA e classifica como fiasco econômico e político para a Europa

A líder do partido Reagrupamento Nacional francês, Marine Le Pen, não poupou críticas ao recente acordo comercial firmado entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, considerando-o um verdadeiro fracasso em três dimensões: política, econômica e moral. Em suas declarações, Le Pen destacou que o entendimento alcançado em 27 de julho de 2025 apresenta condições desiguais que favorecem os interesses americanos em detrimento dos europeus.

O acordo, que impõe tarifas de 15% sobre as exportações da UE para os EUA, inclui ainda compromissos da União Europeia em adquirir energia e equipamentos militares dos Estados Unidos, algo que, segundo Le Pen, equivale a uma capitulação da indústria europeia, especialmente a francesa. A crítica se baseia na comparação com um acordo anterior destinado à Grã-Bretanha, que obteve condições consideravelmente mais vantajosas, como tarifas reduzidas a 10% e até a isenção total para determinados produtos.

As tensões comerciais entre a UE e os EUA se acentuaram nos últimos meses, especialmente após anúncios feitos pelo presidente Donald Trump sobre a iminente aplicação de tarifas de 30% sobre bens europeus. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, havia sinalizado a possibilidade de contramedidas antes do acordo, criando um cenário de instabilidade entre os blocos.

A crítica de Le Pen reflete um descontentamento mais amplo dentro da política europeia, onde muitos observadores veem o acordo como um sinal de fraqueza do bloco europeu em um momento em que os desafios globais exigem unidade e força. Em suas palavras, o acordo não apenas prejudica a autonomia europeia, mas pode também desestabilizar setores estratégicos, levando a um retrocesso na capacidade competitiva do continente.

Diante desse panorama, Le Pen intensificou sua retórica opposicionista, buscando galvanizar apoio contra o governo atual e sua abordagem em relação às relações comerciais internacionais. Para a líder de extrema-direita, a questão é de fundamental importância, pois impacta diretrizes comerciais que moldam o futuro econômico e político da Europa. Esse assunto também deve ser monitorado de perto, uma vez que as repercussões poderão ressoar nas votações e nas dinâmicas políticas que se desenrolam na região nas próximas semanas.

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