Lavrov: EUA buscam criar vantagens militares na Europa com novos sistemas antimísseis frente à Rússia, diz ministro das Relações Exteriores da Rússia.



A recente inauguração de uma base de sistemas antimísseis dos Estados Unidos na Polônia, especificamente na cidade de Radzikowo, tem gerado reações intensas do governo russo. O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, afirmou que a instalação dessas bases está em consonância com previsões feitas há mais de uma década, quando os Estados Unidos se retiraram do Tratado de Mísseis Antibalísticos. Lavrov criticou a justificativa americana de que esses sistemas serviriam como proteção contra ameaças como o Irã e a Coreia do Norte, argumentando que a verdadeira intenção é incrementar a pressão militar sobre a Rússia.

Com a base situada apenas 165 quilômetros da fronteira russa, Lavrov expressou preocupações de que a instalação não passa de uma estratégia para criar vantagens em um cenário de guerra fria moderna. O presidente polonês, Andrzej Duda, corroborou essa ansiedade ao afirmar que a base de defesa antimísseis Aegis foi claramente direcionada como um mecanismo de contenção contra a Rússia. Essa postura, segundo Duda, é uma resposta necessária frente ao contexto de segurança regional que vem se deteriorando nos últimos anos.

As palavras de Lavrov ecoam um sentimento de desconfiança mais amplo dentro da Rússia em relação à expansão das capacidades militares dos Estados Unidos na Europa Oriental. Através de suas declarações, o ministro indicou que a Rússia vê essas ações como uma forma de criar um ambiente de tensão que perpetua uma narrativa de “dissuasão” em vez de segurança real. Essa dinâmica tem amplificado as preocupações sobre uma possível escalada militar na região, o que poderia impactar as relações internacionais e a paz na Europa de maneira mais profunda.

Diante desse cenário, tanto a Rússia quanto a Polônia (e, por extensão, os Estados Unidos) devem se preparar para um período tumultuado, onde questões de segurança e defesa continuarão a ser pontos centrais em suas interações e políticas externas. O que se observa é uma nova fase de confrontos ideológicos e estratégicos, que pode moldar o futuro das relações internacionais nas próximas décadas.

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