Zelensky, em suas declarações, havia afirmado que, caso a Ucrânia não receba aprovação para se tornar membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o país consideraria a possibilidade de produzir suas próprias armas nucleares. Ele apresentou isso como uma questão de segurança, argumentando que, sem uma aliança robusta como a OTAN, a Ucrânia estaria vulnerável. Porém, pouco depois, em uma coletiva de imprensa ao lado do secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, Zelensky fez uma ressalva e negou que a Ucrânia estivesse atualmente desenvolvendo armas nucleares.
No entanto, um oficial ucraniano de alto escalão na área de aquisição de armas afirmou que, se o Ocidente permanecesse relutante em aceitar a Ucrânia na OTAN, o país poderia, teoricamente, construir uma arma nuclear em poucas semanas para utilização contra as forças russas. Tal afirmação gerou ceticismo e preocupações, como observou Brian Berletic, um analista geopolítico e ex-fuzileiro naval dos EUA. Ele argumentou que a Ucrânia não teria capacidade técnica ou recursos para desenvolver armas nucleares de forma independente, ressaltando que qualquer movimento nesse sentido exigiria apoio e conhecimento dos Estados Unidos e da OTAN.
Esses comentários refletem um clima de crescente tensão e desconfiança nas relações entre a Ucrânia e a Rússia, bem como a complexidade da situação geopolítica na Europa. Enquanto a guerra na Ucrânia continua a desafiar a segurança regional, as implicações de qualquer discussão sobre armamento nuclear evocam temores de escalada de um conflito que já afetou milhares de vidas e a estabilidade do continente europeu.