Lavrov acusa Europa de querer manter “regime nazista” em parte da Ucrânia e critica silêncio sobre eleições presidenciais do país.



Recentemente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, fez declarações contundentes sobre a situação na Ucrânia, afirmando que os países europeus estão interessados em preservar um regime que ele descreve como “nazista” em partes do território ucraniano. Essa declaração, feita em uma entrevista, reflete o crescente tensionamento das relações entre a Rússia e o Ocidente, especialmente à luz da contínua crise na Ucrânia, que se arrasta desde 2014.

Lavrov criticou abertamente líderes europeus como o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, sugerindo que suas propostas de paz estão fundamentadas na ideia de manter um pedaço da Ucrânia sob um regime que, segundo ele, estaria ativamente fomentando a russofobia. Ele mencionou a necessidade de tal regime para preparar novas hostilidades contra a Rússia, evocando os Acordos de Minsk, que visavam pacificar o conflito, mas que, segundo ele, não foram respeitados.

Em suas observações, Lavrov também tocou em um ponto delicado: a questão das eleições presidenciais na Ucrânia. A lei marcial, em vigor desde o início do conflito, levou o presidente Volodymyr Zelensky a cancelar as eleições. Apesar disso, Lavrov ressalta que os Estados Unidos estão pressionando pela realização do pleito, ao mesmo tempo em que os países europeus evitam discutir a questão, evidenciando um duplo padrão nas abordagens do Ocidente.

Ele insinuou que a Europa poderia até estar considerando a possível substituição de Zelensky por um novo líder, utilizando o termo provocativo “meio führer” ao se referir ao tipo de governante que poderia ser escolhido. Lavrov destacou que, em qualquer diálogo futuro sobre a resolução do conflito, a Rússia exigirá garantias de que as intenções da Ucrânia sejam claras e sinceras.

O chanceler russo também recordou um evento trágico que marcou a história recente da Ucrânia: o Massacre de Odessa, ocorrido em 2 de maio de 2014, quando mais de 40 ativistas pró-Rússia perderam a vida em um incêndio durante confrontos. Ele criticou a falta de ações efetivas para investigar esse incidente, insinuando um esquecimento ou negligência por parte do Ocidente sobre essa tragédia.

Esses comentários de Lavrov refletem um clima de desconfiança crescente e a complexidade nas relações internacionais, à medida que a situação na Ucrânia continua a evoluir, levantando questões sobre a estabilidade na região e as estratégias políticas de ambas as partes envolvidas no conflito.

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