Laboratório interditado por transplantes contaminados com HIV tem sócios condenados por erro em resultado de teste de HIV.



No caso dos transplantes contaminados com HIV, mais um capítulo sombrio foi revelado envolvendo os donos do laboratório PCS Lab Saleme, que já haviam sido condenados anteriormente por um resultado errado de um teste de HIV em uma paciente de Belford Roxo (RJ).

A vítima, uma recepcionista na época com 44 anos, realizou exames pré-operatórios no laboratório em junho de 2010. Para sua surpresa, o resultado apontou positivo para o vírus HIV, levando-a a acreditar por cerca de dois meses que estava infectada. Somente após realizar novos exames em outros laboratórios, descobriu-se que o diagnóstico inicial estava equivocado.

Após mais de uma década de batalha judicial, os sócios da PCS Lab tiveram que encarar a condenação por danos morais, resultando em um acordo de indenização de R$ 20 mil com a paciente, além de R$ 2 mil em gastos com advogados. Tentativas de responsabilizar a Prefeitura de Belford Roxo foram rejeitadas pelo judiciário, que manteve a sentença.

Este não é o único escândalo ligado ao laboratório, que agora está no centro de um caso de transplantes contaminados com HIV. Seis pacientes foram infectados após receberem órgãos contaminados, cujos testes sorológicos foram realizados pela PCS Lab. Diante da gravidade do problema, o laboratório foi interditado e os exames para o Governo do Rio foram suspensos.

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro classificou a situação como inadmissível e prometeu investigar e responsabilizar os envolvidos. Uma comissão multidisciplinar foi formada para oferecer suporte aos pacientes afetados, enquanto a empresa realiza uma sindicância interna para apurar os fatos.

Além disso, chama atenção o fato de dois dos sócios do laboratório terem vínculos familiares com o deputado federal Doutor Luizinho, o que levantou questionamentos sobre possíveis influências na escolha do laboratório. O deputado negou qualquer envolvimento e defendeu punições exemplares aos responsáveis pelas contaminações.

Com um passado manchado por erros e um presente marcado por tragédias, o PCS Lab Saleme enfrenta um escrutínio sem precedentes, em meio a investigações e debates sobre a segurança e qualidade dos serviços de saúde prestados. Resta agora esperar por respostas e ações concretas para evitar que casos como esses se repitam no futuro.

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