“Os Estados Unidos estão ao lado do povo da Venezuela, que expressou sua voz na histórica eleição presidencial de hoje. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada. Apesar dos muitos desafios, continuaremos a trabalhar em prol de um futuro mais democrático, próspero e seguro para o povo da Venezuela”, escreveu Harris em sua conta oficial na rede social X.
A eleição deste domingo na Venezuela teve início às 6h, horário local, e encerrou-se às 18h, totalizando 12 horas de votação. Aproximadamente 21 milhões de venezuelanos estavam registrados para votar, embora analistas estimem que cerca de 17 milhões realmente compareceram às urnas, em razão da migração massiva ocorrida na última década devido à crise econômica e política. Até duas horas antes do encerramento da votação, a campanha da oposição, Comando ConVzla, registrou que cerca de 11,7 milhões de venezuelanos (54,8% do eleitorado) já haviam votado, um número considerado preocupante pela oposição devido à expectativa de uma participação de pelo menos 60%.
Diversas pesquisas de boca de urna causaram uma verdadeira guerra de narrativas nas redes sociais, com resultados divergentes refletindo as diferentes afiliações políticas dos institutos de pesquisa. A agência Hinterlaces, pró-governo, divulgou que Nicolás Maduro liderava com 54,6% dos votos contra 42,8% de González até o meio-dia. Por outro lado, o instituto Meganalisis, associado à oposição, apresentou um cenário oposto, afirmando que Edmundo González liderava com 65,3% contra 13,1% de Maduro até as 11 horas da manhã.
O instituto Edison Research, que realizou pesquisas ao longo do dia em 100 seções eleitorais, mostrou González liderando com 65% dos votos contra 31% de Maduro, em um levantamento com 6.846 eleitores entrevistados.
Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reiterou a posição dos Estados Unidos de não prejulgar os resultados das eleições venezuelanas. Em viagem ao Japão, Blinken enfatizou que a decisão cabe exclusivamente ao povo venezuelano e que eles merecem uma eleição que reflita genuinamente sua vontade, livre de manipulações.
O desenrolar dessa disputa eleitoral é crucial para o futuro político da Venezuela, um país marcado por uma grave crise humanitária e econômica, e será observado de perto pela comunidade internacional.