No entanto, esses números têm oscilado ao longo dos dias, refletindo a incerteza que permeia a disputa pelo mais alto cargo da administração do país. A data limite para os eleitores norte-americanos decidirem quem ocupará a Casa Branca é o dia 5 de novembro, e a definição do resultado pode não ser imediata.
As eleições nos Estados Unidos apresentam um sistema eleitoral distinto do brasileiro, com as votações descentralizadas e indiretas. Os eleitores americanos têm a possibilidade de antecipar seus votos por cédulas de papel, com a opção de enviá-los pelos Correios.
No entanto, a contagem dos votos nos EUA pode se estender além do dia da eleição, como visto em pleitos anteriores. Em 2012, Barack Obama foi reeleito presidente no mesmo dia da votação, enquanto em 2016, Donald Trump saiu vitorioso na manhã seguinte. Já em 2020, Joe Biden foi considerado vencedor da corrida eleitoral cinco dias após o pleito.
Este ano, a expectativa é de que os resultados possam demorar mais para serem divulgados, devido à acirrada disputa, especialmente nos estados decisivos, que apresentam margens de vitória estreitas e espaço para recontagem de votos. Além disso, mudanças na apuração, como a conferência manual de votos em alguns estados, podem contribuir para a prolongação do processo.
O sistema eleitoral dos EUA adota a modalidade winner takes all, onde o candidato vencedor leva todos os delegados de um estado, e é necessário conquistar pelo menos 270 dos 538 delegados para ser eleito presidente. As urnas fecham em horários distintos em cada estado e os resultados finais oficiais só serão divulgados em 6 de janeiro, após a análise dos dados por parte dos parlamentares.
Dessa forma, a eleição presidencial nos Estados Unidos é marcada por um cenário de suspense e imprevisibilidade, com a definição do próximo ocupante da Casa Branca ainda pendente e sujeita a variados desdobramentos ao longo do processo eleitoral.
