Segundo a assessoria do STF, Coelho representa o denunciado Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, cujo julgamento foi marcado para outro dia. Mesmo sendo encaminhado para um local onde poderia acompanhar o julgamento por um telão, o advogado se recusou e acabou atrapalhando a leitura do relatório do caso pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, ao gritar palavras como “arbitrário” e “sanguinário”, sendo posteriormente retirado pela segurança.
O presidente do Supremo, ministro Luis Roberto Barroso, determinou a detenção de Coelho por desacato à autoridade, com registro de boletim de ocorrência e posterior liberação. Enquanto isso, deputados da bancada do PL, partido de Bolsonaro, que também não estavam credenciados, foram liberados para entrar na sala de julgamento sob a justificativa de serem “representantes do povo”.
O ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu ao julgamento presencialmente, junto com deputados aliados. A Primeira Turma do STF é composta por cinco dos 11 ministros da Corte e julga se recebe a parte da denúncia referente ao “núcleo crucial” do golpe, formado por Bolsonaro e mais sete militares membros da cúpula do complô.
Os acusados, incluindo Bolsonaro, são acusados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado. Caso a denúncia seja recebida, os acusados se tornarão réus no Supremo, dando início a uma ação penal com nova instrução do processo e oitiva de testemunhas de acusação e defesa.
