Maduro alegou que a Venezuela possui “a melhor auditoria do mundo” e afirmou que “nenhum boletim de urna é auditado no Brasil”. Em resposta, o TSE emitiu um comunicado reforçando que as urnas eletrônicas brasileiras são auditáveis e seguras, qualificando as declarações de Maduro como falsas.
“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”, afirmou o tribunal em nota oficial.
A nota do TSE também enfatizou que a Justiça Eleitoral brasileira não tolera que, interna ou externamente, sejam desqualificadas com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil, por meio de declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral.
Originalmente, o TSE havia designado dois especialistas em sistemas eleitorais para a missão de observação na Venezuela, em resposta ao convite do Conselho Nacional Eleitoral do país. A presença de ministros ou servidores do TSE em eleições estrangeiras é uma praxe e visa promover a troca de conhecimentos e assegurar a importância da observação internacional. O Brasil, por sua vez, também recebe delegações internacionais durante suas eleições municipais e presidenciais.
A eleição venezuelana ocorre num ambiente tenso, onde Maduro disputa a reeleição contra outros nove candidatos. O processo eleitoral na Venezuela tem sido marcado por denúncias de prisões de opositores, cerceamento de liberdade da população, restrições aos meios de comunicação e limitações impostas a observadores internacionais. Essas questões aumentam a pressão sobre a transparência e a integridade das eleições no país, observadas atentamente por diversas entidades internacionais.
Essa decisão do TSE sublinha a importância da confiança pública nos processos eleitorais e reflete a postura firme da Justiça Eleitoral brasileira em defender a credibilidade de seu sistema eletrônico de votação contra quaisquer alegações infundadas.