JUSTIÇA – TJSP suspende decreto de privatização de escolas estaduais em São Paulo após pedido do PSOL e alegações de violação constitucional.



O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu suspender o Decreto 68.597/2024, do governador Tarcísio de Freitas, que autorizava a realização de licitação para privatizar a gestão de 33 escolas estaduais. A decisão, tomada na terça-feira (25), atendeu a um pedido do PSOL de São Paulo, que argumentou que o decreto viola a Constituição e poderia prejudicar o ensino fundamental II e o ensino médio nos lotes regionais Leste e Oeste.

De acordo com a Secretaria de Educação do estado, a Procuradoria-Geral do Estado ainda não foi notificada da suspensão e está avaliando as medidas legais cabíveis. O governo estadual planejava conceder à iniciativa privada as atividades de manutenção predial, alimentação escolar, jardinagem, limpeza e segurança, mantendo a parte pedagógica sob gestão direta do estado, por um prazo de 25 anos.

A relatora do processo, Marcia Dalla Déa Barone, destacou que o decreto comprometia o direito à educação pública, gratuita e de qualidade, além de precarizar os direitos dos servidores. Ela ressaltou que a terceirização da gestão do ensino público à iniciativa privada vai contra os alicerces fundamentais da educação brasileira estabelecidos pela União Federal.

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo gerou debates sobre a privatização da gestão das escolas estaduais e levantou questões sobre a qualidade do ensino e a valorização dos servidores. A suspensão do decreto também reforça a importância do debate sobre o papel do Estado na educação e a necessidade de garantir um ensino público, gratuito e de qualidade para todos os cidadãos.

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