JUSTIÇA – Supremo Tribunal Federal valida delação premiada de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro em trama golpista durante governo anterior; réus serão decididos.

Hoje, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão importante durante o julgamento das questões preliminares suscitadas pelas defesas de oito dos 34 denunciados pela acusação de tentativa de golpe de Estado. A turma rejeitou a anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, cujos depoimentos foram cruciais para a conclusão da investigação sobre a trama golpista durante o governo do ex-presidente.

A decisão do colegiado veio após os advogados do ex-presidente e de outros acusados alegarem que não houve voluntariedade na delação de Cid, sugerindo que ele teria sido coagido pela Polícia Federal e pelo relator do caso, Alexandre de Moraes, a fazer declarações contra Bolsonaro e demais denunciados, já que foi preso durante as investigações.

No entanto, por unanimidade, a Primeira Turma seguiu o voto de Moraes e validou o acordo de colaboração, destacando que Cid confirmou a voluntariedade da sua delação, reiterando que foi feita de forma regular. Além disso, a turma também rejeitou o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para julgar o caso, reconhecendo a competência da Primeira Turma, e não do Plenário, para analisar a denúncia e as alegações de cerceamento de defesa.

A sessão foi suspensa após a análise das questões preliminares e será retomada amanhã, quando os ministros decidirão se Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus. A decisão final sobre o recebimento da denúncia apresentada em fevereiro pela Procuradoria-Geral da República contra o núcleo crucial dos denunciados ainda está pendente. Acompanhe a cobertura completa deste caso em nossos próximos boletins.

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