A suspensão do julgamento virtual foi baseada na petição apresentada pela defesa de Eduardo, que questionou a sentença proferida por Moraes, na qual o réu foi condenado a 17 anos de prisão. Segundo a defesa, o acusado não esteve presente na área em frente ao quartel do Exército, em Brasília, onde os manifestantes se reuniram. Eles afirmam que Eduardo estava no Palácio do Planalto, onde acabou sendo preso para se proteger das bombas de gás lançadas pela polícia.
Os advogados destacaram que um laudo pericial confirma que Eduardo não passou pelo local onde a acusação alega que ele esteve. A defesa ainda ressaltou que o réu havia chegado em Brasília no dia 8 de janeiro e passou cerca de uma hora em um centro de tradições gaúchas, antes de ser preso no Palácio do Planalto.
Diante dessa divergência, o julgamento foi suspenso e a Corte deve retomá-lo na próxima sexta-feira, dia 17 de novembro. Além disso, o STF também deve finalizar o julgamento de mais cinco réus acusados de participação nos eventos do 8 de janeiro. Até o momento, 20 réus já foram condenados pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.
Esse caso vem gerando grande repercussão e levantando debates sobre a participação e responsabilização de manifestantes em atos que resultam em vandalismo e depredação. O julgamento do STF será importante para estabelecer precedentes e definir os limites da responsabilidade de participantes em manifestações, especialmente com relação à comprovação de sua presença nos eventos.