O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, foi decisivo no julgamento, recebendo o apoio da maioria dos ministros, que concordaram com a severidade das condutas de Zambelli. A decisão de condená-la foi reforçada por outros membros da Corte, como Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, que também destacaram a gravidade da situação. Em contrapartida, os ministros Nunes Marques e André Mendonça se posicionaram de maneira divergente, optando por absolver Zambelli em relação ao crime de porte de arma e propondo penas mais brandas para o crime de constrangimento.
Vale ressaltar que esta não é a primeira condenação de Zambelli pelo STF. No mês anterior, a deputada foi presa na Itália, onde buscava escapar de um mandado de prisão emitido por Moraes. Com a dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As investigações apontaram que ela foi a mente por trás desse ataque, que visava a emissão de um mandado falso de prisão contra Moraes, sendo Walter Delgatti o executor da ação.
Apesar da condenação, a execução da pena não será imediata, uma vez que ainda cabe recurso ao STF. A defesa de Zambelli se manifestou, expressando surpresa e descontentamento com a decisão, alegando que irá contestá-la vigorosamente. Segundo o advogado Fábio Pagnozzi, a parlamentar é uma vítima de perseguição política, particularmente em um momento crítico como este, em meio ao seu pedido de extradição.
Com o cenário eleitoral e a situação jurídica da deputada étnica, esta decisão do Supremo reitera não apenas a responsabilidade de figuras públicas, mas também os desafios enfrentados pelo sistema legal brasileiro em face de ações que transgridem a ordem pública e as normas democráticas.