JUSTIÇA – STF retoma julgamento sobre responsabilização de redes sociais por conteúdos ilegais postados pelos usuários. Placar está 2×0 a favor.



Nesta quarta-feira (18), o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento sobre a responsabilização civil das redes sociais pelos conteúdos ilegais postados pelos usuários. O placar atual do caso é de 2 votos a 0 a favor da responsabilização das plataformas, após seis sessões consecutivas de discussão.

O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, leu seu voto sobre a questão durante a sessão de hoje. O julgamento visa analisar a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet, que estabelece os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

De acordo com o Artigo 19, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários após ordem judicial, caso não tomem providências para retirar o conteúdo considerado ilegal. Os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux já votaram a favor da responsabilização, defendendo que as plataformas devem agir na retirada de conteúdos ilegais, como mensagens com ataques à democracia, incitação à violência e racismo, após notificação extrajudicial.

A expectativa é de que o julgamento não seja concluído neste ano devido ao recesso que se inicia em 20 de dezembro. Com a retomada em 2025, ainda faltam os votos de nove ministros. Nas primeiras sessões do julgamento, representantes das redes sociais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial e que o monitoramento prévio configuraria censura.

Os processos em discussão no STF envolvem a necessidade de ordem judicial prévia para a responsabilização dos provedores por atos ilícitos, como no caso do Facebook, e a questão sobre se as empresas que hospedam sites na internet devem fiscalizar conteúdos ofensivos sem intervenção judicial, como no processo envolvendo o Google. A análise destes casos traz perspectivas importantes para o uso da internet e a responsabilidade das plataformas digitais perante os conteúdos publicados por terceiros.

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