Além de Alexandre de Moraes, os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux se manifestaram a favor da manutenção da prisão, citando a jurisprudência do Supremo e as suspeitas de interferência nas investigações do assassinato como fundamentos para sua posição. Moraes justificou que a presença de elementos indicativos da ação de Domingos para obstruir as investigações reforça a necessidade da manutenção da prisão preventiva, tornando inviável a substituição por medidas cautelares pleiteada pela defesa.
O deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, também estão detidos pelo suposto envolvimento no assassinato da vereadora. Segundo a investigação da Polícia Federal, o crime está ligado ao posicionamento adverso de Marielle em relação aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, especialmente em questões fundiárias controladas por milícias no Rio.
A delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, responsável pelos disparos contra Marielle, aponta os irmãos Brazão e Barbosa como mandantes do assassinato. A complexidade do caso e a gravidade das acusações fundamentam a manutenção da prisão de Domingos Brazão e dos demais envolvidos, indicando o compromisso do STF com a investigação e o combate à impunidade.