JUSTIÇA – STF Julga Recurso de Carla Zambelli, Condenada a 10 Anos por Invasão ao CNJ, e Sua Prisão Pode Ser Executada Após Decisão.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) agendou uma sessão virtual para o dia 6 de outubro, onde iniciará o julgamento do recurso da deputada Carla Zambelli, do PL de São Paulo. A parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão por sua participação na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um incidente que ganhou notoriedade em 2023. O julgamento está marcado para ter início às 11h e se estenderá até as 23h59 do mesmo dia. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, foi quem solicitou a data para o julgamento, que poderá definir o futuro da deputada.

Se a maioria dos ministros decidir pela rejeição do recurso, Moraes poderá determinar a execução da pena imposta, transformando a prisão preventiva de Zambelli em uma prisão motivada pelo cumprimento da condenação. Recentemente, o ministro também tomou a decisão de incluir o nome da parlamentar na lista de procurados da Interpol e suspendeu suas contas nas redes sociais, em uma clara ação de acompanhamento do caso.

Em uma entrevista a uma rádio do interior de São Paulo, Zambelli revelou que deixou o Brasil e se encontra nos Estados Unidos para tratar de questões de saúde, além de expressar sua intenção de pedir licença do cargo. Ela planeja ir para a Itália, seu país de ancestralidade, buscando refúgio legal.

A determinação da prisão foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que a deputada fugiu do país para evitar o cumprimento da sentença. Na defesa, sua equipe jurídica argumenta que houve cerceamento de defesa, citando a falta de acesso a provas durante as investigações, e pedem a absolvição da parlamentar. Os advogados também contestam o valor de R$ 2 milhões fixado em danos coletivos, afirmando que não há critérios objetivos que justifiquem tal quantia para a reparação ao estado.

Em meio a este cenário turbulento, o advogado de Zambelli, Daniel Bialski, deixou a defesa, e a parlamentar agora contará com o auxílio da Defensoria Pública da União (DPU) em sua luta judicial. A situação, repleta de reviravoltas, promete movimentar os âmbitos político e jurídico do país nas próximas semanas, à medida que as decisões do STF se tornam cada vez mais iminentes.

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