JUSTIÇA – STF determina monitoramento diário de tornozeleiras eletrônicas de oito investigados, incluindo ex-ministros e ex-presidentes, sob supervisão das secretarias penitenciárias.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anunciou nesta quarta-feira a implementação de um sistema de monitoramento diário para acompanhar de perto a utilização de tornozeleiras eletrônicas por um grupo específico de oito acusados envolvidos em investigações significativas. Essa medida visa garantir a integridade do sistema de monitoramento e a observância das condições impostas judicialmente aos indivíduos, que incluem figuras de destaque como ex-ministros, ex-deputados e até um ex-presidente da República.

Moraes solicitou que as secretarias de Administração Penitenciária dos estados do Distrito Federal, Alagoas e Rio de Janeiro enviem relatórios diários detalhados sobre qualquer ocorrência relacionada aos dispositivos eletrônicos. A coleta de dados abrange registros de violações, falhas de sinal e qualquer descumprimento das medidas impostas. Esse monitoramento reforça a necessidade de vigilância constante sobre as atividades dessas personalidades, cuja conduta é alvo de atenção especial das autoridades.

Os oito investigados que serão supervisionados incluem Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Filipe Martins, que também atuou como assessor de Bolsonaro. Adicionalmente, a lista conta com Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Collor, ex-presidente da República, e os ex-deputados Daniel Silveira, Chiquinho Brazão e Roberto Jefferson. A presença de figuras tão proeminentes destaca a complexidade e a relevância dos casos em questão.

Embora a decisão de Moraes seja clara e exige ações concretas, não foram mencionadas suspeitas específicas de irregularidades no monitoramento dessas tornozeleiras. Essa lacuna deixada pelo ministro pode levar a questionamentos sobre a efetividade e a segurança do sistema atualmente em uso, além de suscitar debates sobre a transparência nas informações que envolvem os procedimentos judiciais.

A medida reflete o compromisso do Judiciário em manter um controle rigoroso sobre as pessoas em situações semelhantes, visando assegurar que as condições de liberdade sob monitoramento sejam respeitadas e que qualquer desvio seja prontamente identificado e tratado. Assim, a decisão de Moraes marca um passo significativo na tentativa de fortalecer a confiança pública nas instituições, em um momento onde a integridade do sistema judicial é constantemente avaliada pela sociedade.

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