JUSTIÇA – STF Condena Mauro Cid por Tentativa de Abolição do Estado Democrático de Direito em Julgamento de Trama Golpista de 2022

Na última quarta-feira, o ministro Luiz Fux, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid foi acusado de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito em um contexto que envolve uma suposta trama para reverter os resultados das eleições de 2022.

Este julgamento marca um momento crucial na análise das tentativas golpistas que ocorreram após a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva. Fux, ao apresentar seu voto, destacou que, embora Cid colabore com as investigações como delator, seu envolvimento não se restringiu a funções meramente auxiliares. O ministro apontou que ele trocou mensagens com membros das Forças Armadas e participou de uma reunião em 2022 na residência do general Braga Netto. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), essa reunião foi relevante para o suposto financiamento de ações golpistas.

Durante sua argumentação, Fux enfatizou que muitos dos que desejavam influenciar o então presidente Bolsonaro a adotar medidas concretas para a desestabilização do Estado Democrático de Direito o faziam através de Cid. Essa dinâmica revela um elo significativo entre o ex-ajudante e as propostas que ameaçaram a democracia brasileira.

Embora tenha votado pela condenação de Cid, Fux decidiu absolvê-lo das acusações relacionadas ao golpe de Estado e à destruição de patrimônio decorrente dos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, o que inclui a invasão e depredação de prédios públicos em Brasília.

O ministro ainda não divulgou a pena que Cid deve enfrentar, uma decisão que será tomada após a conclusão dos votos dos outros ministros envolvidos no julgamento. Em caso de condenação, as penas podem ser severas, podendo alcançar até 30 anos de prisão em regime fechado.

Atualmente, o julgamento também abrange outros réus, evidenciando a amplitude do processo e a gravidade das acusações. Entre os nomes destacados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, altos comandantes militares e ministros da segurança, ressaltando um contexto político em que a legalidade e a ordem democrática estão sob escrutínio rigoroso. O desfecho deste caso não só impactará os réus, mas pode moldar o futuro da governança e da estabilidade institucional no Brasil.

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