JUSTIÇA – STF apresenta nova denúncia contra Rogério de Andrade por assassinato de Fernando Iggnácio, ligando-o a crime e ao jogo do bicho no Rio de Janeiro.



O Supremo Tribunal Federal (STF) recentemente avançou em uma investigação relacionada ao brutal assassinato de Fernando Iggnácio, ocorrido em novembro de 2020. O contraventor Rogério de Andrade, que é tanto genro quanto sobrinho de Castor de Andrade, figura que liderou a famosa organização do jogo do bicho na zona oeste do Rio de Janeiro até sua morte em 1997, está agora sob nova denúncia, sustentada por evidências coletadas pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ).

Os novos elementos de prova, apresentados ao STF, foram considerados suficientes pelo relator do caso, ministro Nunes Marques, o que significa que Rogério de Andrade continuará a cumprir pena em um presídio federal em Mato Grosso do Sul, onde se encontra atualmente. O STF havia anteriormente trancado uma ação penal que envolvia o contraventor, sob a alegação de fragilidade das provas. No entanto, o surgimento de novas evidências levou à reabertura do caso.

A decisão de Nunes Marques refutou os argumentos da defesa de Andrade, que buscava extinguir a ação com base na suposta falta de consistência da denúncia anterior. O relator destacou que a nova denúncia era viável devido ao surgimento de novos elementos que justificavam o prosseguimento da ação penal. Isso conferiu nova validade à investigação, permitindo o prosseguimento legal contra Andrade e seus comparsas.

O assassinato de Fernando Iggnácio, que foi atacado à queima-roupa com um fuzil AK-47 enquanto se dirigia a um veículo após desembarcar de um helicóptero, chocou a sociedade carioca. A denúncia aponta que a execução foi realizada por um grupo de quatro homens, que atuaram sob as ordens de Rogério de Andrade, apelidado de “Patrão”. Esses indivíduos utilizaram armamento de alto calibre e invadiram a área do crime, denotando uma ação planejada e brutal.

Com a nova denúncia acolhida pela 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Capital, os mandados de prisão permanecem vigentes, ampliando a expectativa de que mais desdobramentos surgirão neste caso que evidencia o lado mais sombrio do crime organizado no Brasil. Detalhes sobre as circunstâncias do crime e os envolvidos continuam a ser investigados, reafirmando a determinação das autoridades em erradicar práticas ilícitas da região.

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