Três dos cinco ministros que compõem a turma já se manifestaram a favor da abertura de um processo penal, fundamentando suas decisões nos crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e danos qualificados, entre outras acusações graves. Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux foram os responsáveis por votar a favor das acusações, estabelecendo a maioria necessária para seguir com a ação. Cabe destacar que os investigados possuem vínculos com forças especiais do Exército, popularmente conhecidos como “kids” pretos, o que levanta questões sobre aule do grupo no contexto da segurança pública e da legalidade.
No entanto, a turma rejeitou as acusações contra o tenente-coronel Cleverson Ney Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues, ambos ex-assessores de figuras destacadas do Exército. Os ministros entenderam que não havia provas suficientes que indicassem a autoria de crimes por parte destes oficiais. Essa decisão reflete um critério rigoroso na análise das provas apresentadas até o momento.
Os demais réus envolvidos no Núcleo 3 incluem coronéis e tenentes-coronéis, cujas atuações e possíveis turbulências em seus cargos ainda são objeto de escrutínio. A lista é composta por nomes como Bernardo Romão Correa Netto, Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira, entre outros, todos implicados em um contexto que remete a uma tentativa de subversão da ordem democrática.
Ainda não foram proferidos os votos das ministras Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, o que poderá trazer novos elementos à discussão e influenciar o desfecho desse importante capítulo jurídico. À medida que a investigação avança, a atenção se volta não apenas para os indivíduos implicados, mas também para a integridade das instituições e a manutenção do Estado de Direito no Brasil.