Nicolau Dino argumentou que a criação das escolas cívico-militares implica na introdução de novas diretrizes para a educação básica sem justificativas sólidas. Além disso, ele ressaltou a falta de evidências científicas que comprovem a eficácia desse modelo em promover uma melhoria na qualidade do ensino e no comportamento dos alunos.
Diante desse cenário, o Supremo Tribunal Federal entrou em ação. O ministro Gilmar Mendes concedeu um prazo de 10 dias para que o governo de São Paulo se manifeste sobre a constitucionalidade do modelo de escolas cívico-militares. A ação foi movida pela bancada de oposição ao governador Tarcísio de Freitas, que questiona a intenção de substituir o sistema público de educação pelo novo modelo, em vez de permitir a convivência dos dois modelos.
O PSOL, autor da ação, argumenta que o projeto das escolas cívico-militares visa substituir os profissionais da educação, que passaram por concurso público e avaliação de títulos acadêmicos, por militares selecionados de forma discricionária pela Secretaria de Segurança Pública. Com esses argumentos, a discussão sobre a constitucionalidade e os impactos do modelo de escolas cívico-militares em São Paulo promete continuar.