Segundo a Polícia Federal, Braga Netto estava obstruindo as investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado no país, com o intuito de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O general foi indiciado como um dos principais articuladores do plano golpista, tendo tentado obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Após a prisão, a defesa do general recorreu da decisão e solicitou que o caso fosse julgado pela Primeira Turma do STF. Na sessão virtual de hoje, Alexandre de Moraes argumentou que os novos depoimentos de delação premiada de Cid revelaram a “gravíssima participação” de Braga Netto na trama golpista. Moraes ressaltou que o general tentou controlar o que seria repassado à investigação, evidenciando seu papel de liderança, organização e financiamento na trama.
O voto de Moraes foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. A decisão da Primeira Turma do STF reforçou a gravidade das acusações contra Braga Netto e a importância de manter a prisão preventiva do general no contexto das investigações em curso. A prisão de Braga Netto representa mais um capítulo na complexa trama política que tem marcado a cena nacional nos últimos anos.