Uma das questões levantadas foi a decisão do Supremo sobre a colocação de câmeras nas fardas dos policiais, a despenalização do porte de drogas e a questão do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Para Barroso, a Constituição brasileira é abrangente e complexa, e cabe aos ministros interpretá-la da melhor forma possível.
“É possível discordar da Constituição e do papel que ela atribui ao Supremo Tribunal Federal. Mas criticar o Supremo por aplicar a Constituição não é justo”, enfatizou o ministro. Ele também aproveitou para rebater críticas em relação aos gastos do Poder Judiciário, garantindo que o Judiciário federal está cumprindo o teto de gastos e que qualquer desvio da legalidade não é amparado pelo tribunal.
Barroso ressaltou ainda a diferença entre o Judiciário federal e o Judiciário estadual, destacando que os estados têm autonomia financeira e não estão sujeitos ao mesmo teto de gastos da União. Ele reforçou que a transparência e a obediência à lei são fundamentais para a manutenção da credibilidade do Poder Judiciário.
Diante das críticas e da controvérsia gerada pelas recentes decisões do STF, Barroso reafirmou o compromisso da Corte em agir dentro dos limites legais e constitucionais, buscando sempre a justiça e o respeito às normas vigentes.