JUSTIÇA – Prefeitura de São Paulo não autoriza serviço de mototáxi da 99 e empresa entra na justiça para garantir funcionamento.



Em meio a um embate entre a Prefeitura de São Paulo e a empresa de transporte por aplicativo 99, a questão da prestação de serviços de transporte de passageiros em motocicletas tem gerado polêmica na capital paulista. Após o prefeito Ricardo Nunes afirmar que a 99 não possui autorização para realizar esse tipo de serviço, a empresa impetrou mandado de segurança para assegurar a continuidade de suas operações.

A 99 defende que a atuação da empresa está respaldada pela legislação federal, que permite o transporte individual privado de passageiros por meio de aplicativos, tanto para carros quanto para motocicletas. No entanto, a Prefeitura de São Paulo notificou a empresa, determinando a suspensão imediata de qualquer atividade relacionada ao serviço de motocicletas para transporte remunerado de passageiros.

Em resposta, a 99 alega que o decreto assinado pelo prefeito é inconstitucional e busca proteger os direitos da empresa, dos passageiros e dos motociclistas diante das ameaças da Prefeitura. A empresa destaca que o serviço de mototáxi opera desde 2022 e já realizou mais de 1 bilhão de viagens em diversos municípios brasileiros.

O prefeito Ricardo Nunes levanta preocupações com a segurança do serviço, citando o aumento de óbitos no trânsito envolvendo motocicletas na cidade. Ele critica a postura da empresa, acusando-a de buscar lucro sem considerar os riscos envolvidos nesse tipo de serviço em uma metrópole como São Paulo.

Diante do impasse, o SindimotoSP se posiciona contra a atuação da 99, ressaltando a falta de autorização da prefeitura e o descumprimento de normas federais relacionadas ao transporte de passageiros em motocicletas. O sindicato alerta para os riscos envolvidos nas operações da empresa e condena a atitude da 99, que, segundo eles, coloca vidas em perigo e precariza o setor de motofrete.

O embate entre a 99 e a Prefeitura de São Paulo evidencia as divergências em torno da regulamentação do serviço de transporte de passageiros em motocicletas na capital paulista. Enquanto a empresa busca garantir a continuidade de suas operações, as autoridades municipais demonstram preocupações com a segurança e a legalidade desses serviços, abrindo espaço para um debate sobre a regulamentação adequada desse segmento.

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