O muro, com cerca de 40 metros de extensão e gradis de metal, foi erguido entre maio e junho do ano passado na Rua General Couto Magalhães, localizada no bairro de Santa Ifigênia. A área triangular foi cercada, causando polêmica e gerando críticas por confinar pessoas em situação de vulnerabilidade.
A prefeitura de São Paulo se pronunciou por meio de nota, alegando que a instalação do muro em 2024 foi feita para proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, moradores e pedestres, e não com a intenção de confiná-las. Segundo o comunicado oficial, o muro substituiu tapumes de metal que já existiam na região para fechar uma área pública.
A Cracolândia é conhecida por ser uma área ocupada por pessoas em situação precária, onde a maioria dos indivíduos são dependentes químicos e traficantes de drogas, em especial de crack. A ação da prefeitura gerou debates sobre a forma como a administração municipal lida com essa população marginalizada.
A decisão do STF coloca em destaque a importância de respeitar as diretrizes da Política Nacional para a População em Situação de Rua. A manifestação do prefeito de São Paulo será aguardada com expectativa para esclarecer os motivos que levaram à construção do muro na Cracolândia e as possíveis medidas que serão adotadas para lidar com a situação.