JUSTIÇA – Policial Federal Revela Relação com Alexandre de Moraes Durante Interrogatório sobre Vazamento de Informações da Segurança de Lula

Na última segunda-feira, 28 de agosto, o agente da Polícia Federal (PF) Wladmir Matos Soares forneceu informações sobre seu histórico profissional durante um interrogatório por videoconferência. Ele revelou que teve a oportunidade de compor a equipe de segurança do ministro Alexandre de Moraes quando este ocupava a pasta da Justiça, em 2016, coincidentemente durante as Olimpíadas. Soares expressou admiração pelo ministro, destacando que chegou a estudá-lo durante sua formação em Direito.

Atualmente, Wladmir Matos Soares é um dos réus no núcleo 3 de uma investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O agente permanece detido desde o ano anterior, e o juiz Rafael Tamai, que está atuando como magistrado auxiliar de Alexandre de Moraes e relator do caso, presidiu a sessão de interrogatório. Ao longo de seu depoimento, Soares enfatizou sua experiência em proteger autoridades e garantir a segurança em grandes eventos, o que levou à sua designação para atuar nas proximidades do hotel onde o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se hospedou durante a transição de governo, no final de 2022.

As investigações alegam que Soares teria vazado informações sigilosas relativas à segurança de Lula. Este suposto vazamento teria ocorrido em 13 de novembro de 2022, um dia após a diplomação do presidente eleito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em meio a ataques à sede da PF em Brasília. Em sua defesa, Soares negou ter participado de atividades ilegais, afirmando que sua posição na operação estava relacionada à “Operação Posse”, com a responsabilidade de supervisionar hotéis próximos à segurança do novo presidente.

O interrogatório também abrangeu outros acusados. Entre eles, estavam nove militares do Exército, que fazem parte do mesmo núcleo de denúncias. Esses militares, que pertencem ao Batalhão de Forças Especiais, são acusados de planejar ações que visavam a monitorar tanto o próprio Alexandre de Moraes quanto Luiz Inácio Lula da Silva. A situação atual gera um grande questionamento sobre a conduta dos envolvidos e a segurança institucional no país, enquanto o processo legal avança com próximos depoimentos programados para os dias seguintes.

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