Durante a ação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, e implementadas medidas cautelares que incluem o sequestro de bens e valores em duas localidades estratégicas: Boa Vista, a capital do estado de Roraima, e Manacapuru, no Amazonas. A iniciativa é resultado de um trabalho investigativo meticuloso que revelou movimentações financeiras superiores a R$ 39 milhões, quantia que os investigadores consideram incompatible com as atividades econômicas oficialmente declaradas pelos envolvidos. Tal discrepância levanta sérias suspeitas sobre as operações das empresas de mineração e comércio de ouro que fazem parte desse esquema criminoso.
Em uma ação anterior, no dia 14 de maio, o Comando Conjunto das Forças Armadas já havia realizado uma operação de grande escala no território Yanomami, desmobilizando um garimpo ilegal naquela área. A intervenção das Forças Armadas foi focada não apenas na desativação dos garimpos, mas também na destruição do equipamento utilizado para a atividade ilegal, especialmente em uma zona conhecida como “João Doido”, no extremo norte do estado.
Essas operações evidenciam o compromisso das autoridades brasileiras em proteger os direitos dos povos indígenas e combater atividades ilícitas que comprometem o ecossistema local e a saúde das comunidades índigenas. O garimpo ilegal, além de um crime, traz consequências devastadoras para o meio ambiente e para as condições de vida dos indígenas, reforçando a importância das ações legais e repressivas na defesa dos direitos territoriais. A continuidade das investigações prometem revelar mais detalhes sobre a rede de exploração e seus impactos.