JUSTIÇA – Polícia Federal Desmantela Esquema de Lavagem de Dinheiro e Garimpo Ilegal em Território Yanomami com Movimentações de R$ 39 Milhões.



Na quarta-feira, 4 de outubro, a Polícia Federal deu continuidade à Operação Illegal Mining, visando desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro associado ao garimpo ilegal dentro do território indígena Yanomami, localizado no estado de Roraima. Essa etapa da operação é designada como a segunda fase e teve como objetivo aprofundar as investigações e impactar diretamente as atividades ilícitas que exploram a região.

Durante a ação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, e implementadas medidas cautelares que incluem o sequestro de bens e valores em duas localidades estratégicas: Boa Vista, a capital do estado de Roraima, e Manacapuru, no Amazonas. A iniciativa é resultado de um trabalho investigativo meticuloso que revelou movimentações financeiras superiores a R$ 39 milhões, quantia que os investigadores consideram incompatible com as atividades econômicas oficialmente declaradas pelos envolvidos. Tal discrepância levanta sérias suspeitas sobre as operações das empresas de mineração e comércio de ouro que fazem parte desse esquema criminoso.

Em uma ação anterior, no dia 14 de maio, o Comando Conjunto das Forças Armadas já havia realizado uma operação de grande escala no território Yanomami, desmobilizando um garimpo ilegal naquela área. A intervenção das Forças Armadas foi focada não apenas na desativação dos garimpos, mas também na destruição do equipamento utilizado para a atividade ilegal, especialmente em uma zona conhecida como “João Doido”, no extremo norte do estado.

Essas operações evidenciam o compromisso das autoridades brasileiras em proteger os direitos dos povos indígenas e combater atividades ilícitas que comprometem o ecossistema local e a saúde das comunidades índigenas. O garimpo ilegal, além de um crime, traz consequências devastadoras para o meio ambiente e para as condições de vida dos indígenas, reforçando a importância das ações legais e repressivas na defesa dos direitos territoriais. A continuidade das investigações prometem revelar mais detalhes sobre a rede de exploração e seus impactos.

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