JUSTIÇA – PF conclui que acusados de tentativa de golpe organizaram-se em seis núcleos para desestabilizar democracia brasileira, relata relatório.

A Polícia Federal (PF) divulgou recentemente o resultado de suas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, indicando que os envolvidos se organizaram em seis núcleos distintos para executar suas ações. O relatório produzido pela PF, que causou grande repercussão, levou ao indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento aponta para a atuação desses grupos criminosos com o objetivo de desestabilizar a democracia no país.

Um dos núcleos identificados foi o de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, responsável pela disseminação de notícias falsas sobre a lisura das eleições e por incentivar a presença de apoiadores em frente aos quartéis das Forças Armadas. Outro núcleo, chamado de Jurídico, trabalhava na elaboração de decretos e fundamentações jurídicas para justificar as ações golpistas. Além disso, havia também um núcleo dedicado a incitar os militares a aderirem ao golpe, promovendo ataques pessoais e militares em posição de comando.

O relatório da PF destacou a atuação de um Núcleo de Inteligência Paralela, responsável por coletar informações para auxiliar Bolsonaro na consumação do golpe de Estado. Esse grupo monitorava autoridades, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, planejando sua captura após a execução do golpe. Além disso, um Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas era responsável por planejar medidas para manter as manifestações em frente aos quartéis do Exército.

O relatório da PF também citou um Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência e Apoio a Outros Núcleos, formado por generais do Exército. Após a conclusão das investigações, o inquérito foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se os acusados serão denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes imputados. A divulgação dessas informações levantou questões sobre a segurança da democracia brasileira e a preservação do Estado de Direito.

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