JUSTIÇA – OABRJ levará absolvição de policiais no caso João Pedro ao STF em busca de justiça contra violência policial no Rio de Janeiro.

A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OABRJ) anunciou que levará o caso da absolvição dos policiais envolvidos na morte do jovem João Pedro Mattos Pinto ao Supremo Tribunal Federal. A instituição emitiu uma nota repudiando a decisão que absolveu sumariamente os policiais acusados pelo ocorrido.

O caso remonta a 18 de maio de 2020, quando João Pedro, então com 14 anos, foi atingido por um tiro nas costas durante uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da OABRJ criticou a sentença da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo que absolveu os três policiais acusados pela morte de João Pedro.

Em seu comunicado, a OABRJ afirmou que solicitará a revisão da sentença pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, argumentando que a impunidade de agentes públicos é um fator que contribui para a sensação de falta de justiça em casos de letalidade policial no Brasil. A entidade também informou que notificará o ministro do Supremo Edson Fachin, responsável pela relatoria da ADPF 635 (ADPF das Favelas), sobre a decisão.

Os familiares de João Pedro protestaram contra a decisão judicial que absolveu os policiais em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Eles esperavam que o caso fosse a júri popular e expressaram indignação com a absolvição dos agentes envolvidos. A Anistia Internacional também criticou a decisão, ressaltando que ela reforça a ideia de impunidade em casos de mortes decorrentes de ações policiais em favelas.

A OABRJ reforçou a importância de apoiar a família de João Pedro em sua busca por justiça e afirmou que é essencial que a sociedade se una contra a violência policial e a desumanização nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. O diálogo com o Supremo Tribunal Federal foi destacado como uma medida importante para combater a impunidade e garantir a justiça nos casos de letalidade policial.

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