JUSTIÇA – O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento do marco temporal na próxima semana.


O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu a próxima quarta-feira (30) como o dia para retomar o julgamento do processo que envolve a constitucionalidade do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. A decisão foi tomada pela presidente do STF, Rosa Weber, após o ministro André Mendonça liberar o processo para julgamento.

Em junho deste ano, o julgamento havia sido suspenso após um pedido de vista feito por Mendonça, que tinha até 90 dias para devolver o processo para julgamento, conforme as regras internas do Supremo. Atualmente, o placar do julgamento está em 2 votos a 1 contra o marco temporal, com Edson Fachin e Alexandre de Moraes se manifestando contra o entendimento, enquanto Nunes Marques se posicionou a favor.

Durante o julgamento, os ministros estão debatendo a chamada tese do marco temporal. Segundo essa linha de pensamento, defendida pelos proprietários de terras, os indígenas só teriam direito a áreas que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. No entanto, os indígenas são contrários a esse entendimento.

O processo que originou essa discussão versa sobre a disputa pela posse da Terra Indígena (TI) Ibirama, localizada em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a procuradoria do estado questiona a posse de parte dessa terra.

É importante ressaltar que o julgamento desse caso tem grande relevância para a definição dos direitos territoriais dos povos indígenas em todo o país. Por isso, a decisão do STF ganha destaque e gera expectativa por parte das comunidades indígenas, dos proprietários de terras e de diversos setores da sociedade brasileira envolvidos nessa questão.

A retomada do julgamento tem provocado intensos debates e discussões em diversos setores da sociedade, considerando a relevância e os desdobramentos que uma decisão favorável ou contrária ao marco temporal pode acarretar. A decisão final do STF trará consigo implicações políticas, sociais e econômicas, e poderá servir de precedente para outros casos semelhantes em todo o país.

Portanto, a próxima quarta-feira será um dia de grande importância para o destino das terras indígenas no Brasil, podendo ser um marco histórico para a defesa e garantia dos direitos desses povos. A atenção de toda a nação estará voltada para o STF, aguardando ansiosamente o desfecho desse processo tão relevante para a sociedade brasileira.

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