Segundo o Ministério Público, os contratos foram firmados entre o Detran-RJ e a empresa Montreal Informática, que é especializada em serviços de tecnologia. No entanto, esses contratos foram estabelecidos em regime emergencial, sem que houvesse uma licitação. De acordo com o MPRJ, isso possibilitou desvios de recursos por parte dos agentes públicos e dos indivíduos envolvidos no esquema, cujo objetivo era impedir a concorrência de licitação.
A ação enfatiza que a justificativa para a adoção de processos emergenciais se baseava na proximidade do término dos contratos vigentes e na demora para a realização de uma licitação regular, causada pela inércia dos agentes públicos responsáveis pelo processo.
Dentre os acusados estão o ex-presidente do Detran-RJ, Vinícius Farah, os ex-diretores Alexandre Mattioli, Gabriel Pinton, Márcio Lyra, Mateus Marçal, Pedro Paulo Thompson, as ex-assessoras Claudia Gentil e Roberta Bravo, além da empresa Montreal Informática.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com a Montreal Informática e com a defesa dos demais envolvidos na ação, mas até o momento não obteve resposta.
Essa ação do Ministério Público revela mais um caso de irregularidades na administração pública, com destaque para a suspeita de desvio de recursos e manipulação de processos licitatórios. A prática de contratos emergenciais, sem licitação, está em desacordo com os princípios da administração pública, que visam assegurar a competitividade e a transparência nas contratações governamentais.
A corrupção e o nepotismo continuam sendo uma realidade presente nas instituições públicas do país, prejudicando o desenvolvimento do Brasil e comprometendo a confiança da população no sistema. A sociedade espera que casos como esse sejam devidamente investigados e que os responsáveis sejam punidos de acordo com a lei, de forma a coibir essas práticas e garantir a lisura na gestão dos recursos públicos.