Além do MPF, o caso também está sendo analisado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pelo Ministério Público de Contas do Distrito Federal. O MPDFT abriu um inquérito civil para investigar as circunstâncias da compra e venda das ações do Banco Master pelo BRB. A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) será responsável pela avaliação do caso.
No Ministério Público de Contas do Distrito Federal, o processo de aquisição do Banco Master poderá resultar em uma representação ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).
O negócio entre o BRB e o Banco Master tem gerado polêmica devido às práticas agressivas do Banco Master para captar recursos, oferecendo rendimentos muito acima da média do mercado. A instituição chegou a oferecer rendimentos de até 140% do CDI, enquanto a média para bancos pequenos gira em torno de 110% a 120% do CDI.
Além disso, o Master enfrenta desconfiança por parte do mercado financeiro, tendo enfrentado dificuldades em captar recursos em uma emissão de títulos em dólares. Operações do banco com precatórios também levantaram dúvidas sobre sua situação financeira.
No mês passado, o BRB anunciou a intenção de adquirir o Banco Master por R$ 2 bilhões, ficando com 58% do capital total e 49% das ações ordinárias do Master. A decisão do procurador responsável pelo caso em relação à continuidade da investigação ou ao seu arquivamento será tomada após a análise inicial dos fatos. A transação entre os bancos continua sendo analisada de perto pelas autoridades competentes.