JUSTIÇA – MP do Rio recorre para restaurar prisão de influenciador acusado de atropelar e matar fisioterapeuta no dia do casamento em trágico acidente.

Ministério Público do Rio de Janeiro Recorre à Justiça para Reverter Liberação de Influenciador Acusado de Homicídio

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) intensificou a pressão sobre o caso do influenciador Vítor Vieira Belarmino, ao recorrer à Justiça para contestar uma recente decisão que revogou sua prisão preventiva. Belarmino é acusado de atropelar e matar o fisioterapeuta Fábio Kikuta, em um trágico acidente ocorrido no dia de seu casamento, em julho do ano passado. A fatalidade aconteceu logo após a cerimônia, quando Fábio e sua esposa, Bruna Villarinho, decidiram aproveitar um momento na praia. Infelizmente, foram surpreendidos pelo veículo BMW dirigido por Belarmino, resultando na morte instantânea de Fábio.

Na manhã da última sexta-feira (30), a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal da Capital, decidiu substituir a prisão preventiva do influenciador por uma série de medidas cautelares, um movimento que foi amplamente criticado por autoridades judiciais e sociais. A prisão de Belarmino havia sido mantida por dez meses, e sua entrega à polícia ocorreu em 19 de maio, após um período em que permaneceu foragido.

Na análise da magistrada, apesar do histórico de 97 anotações na Carteira Nacional de Habilitação de Belarmino, apenas 11 delas o identificam como o motorista responsável, e nenhuma refere-se a excesso de velocidade. Isso gerou controvérsias, já que testemunhas e gravações de câmeras de segurança apontam que o carro estava em alta velocidade no momento do acidente. Segundo laudos periciais, o influenciador dirigia a 109 km/h em uma via onde a velocidade máxima permitida é de 70 km/h.

O recurso do MPRJ alega que o comportamento de Belarmino representa um risco considerável à ordem pública. A denúncia destaca que, após o atropelamento, o influenciador tentou ocultar o crime, removendo o corpo da vítima do carro e abandonando-o em via pública, sem prestar socorro, o que evidenciaria uma total falta de consideração pela vida humana.

Adicionalmente, o Ministério Público menciona mais de 20 multas por overspeeding atribuídas ao acusado e informa que as punições administrativas, como a suspensão da habilitação, são ineficazes, dada a disposição de Belarmino a dirigir sem permissão. Em sua argumentação, o MPRJ sublinha a gravidade do ocorrido, que resultou na morte de um jovem que acabara de se casar. O grupo enfatiza que é fundamental restabelecer a prisão preventiva, a fim de garantir a ordem pública e prevenir novos incidentes. Essa discussão continua a repercutir e a polarizar a opinião pública, enquanto o trágico caso de Fábio Kikuta ainda ecoa na memória coletiva.

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