Em suas palavras, Moraes enfatizou que a aplicação da lei representa uma violação não apenas à sua vida pessoal, mas também à integridade do sistema judiciário brasileiro. Ele afirmou que as instituições do país se mantêm fortes e sólidas, e que os integrantes do Judiciário brasileiro estão decididos a não ceder a pressões externas. “A coragem institucional e a defesa da soberania nacional são princípios fundamentais para os juízes do Brasil. Não aceitaremos coações ou obstruções em nosso trabalho”, disse o ministro.
Além disso, ele deixou claro que não há espaço para “impunidade, omissão ou covarde apaziguamento” no desempenho de suas funções. Moraes reafirmou que continuará exercendo sua missão constitucional, enfatizando sua determinação de julgar de forma justa e equitativa. As suas declarações surgem em um contexto de tensões internas e externas, onde a política e a justiça frequentemente se entrelaçam.
É interessante notar que essa não é a primeira vez que Moraes se vê envolvido em sanções por parte dos Estados Unidos. Em julho, ele já havia sido alvo de restrições aplicadas pelo governo americano, em um episódio relacionado à sua atuação como relator de ações penais ligadas a tentativas de desestabilização do governo brasileiro. Essas sanções preveem o bloqueio de ativos e a proibição de transações financeiras com empresas americanas, além de restrições de entrada nos Estados Unidos.
Apesar das dificuldades apresentadas por essas sanções, Moraes não possui bens ou contas em bancos americanos, o que reduz o impacto das restrições. A situação torna-se ainda mais complexa ao lembrar que outros ministros do STF também enfrentaram sanções similares, refletindo um clima de tensão entre o Judiciário brasileiro e determinadas esferas do governo americano. A reverberação desse contexto destaca a resiliência do sistema judiciário nacional em face de pressões externas, enquanto Moraes continua firme em sua determinação de manter a independência judicial.