A defesa do general havia solicitado a sua liberdade, argumentando que a ação penal, que envolve um núcleo da suposta trama golpista, estaria avançando em direção ao julgamento final, o que, em sua visão, tornaria desnecessária a manutenção da prisão. Contudo, o ministro Moraes analisou os elementos apresentados e decidiu pela continuidade da detenção do general.
Em seu despacho, Moraes demonstrou a preocupação com a gravidade das acusações e com os riscos potenciais que a liberdade de Braga Netto poderia representar. O ministro mencionou que a situação fática do caso se mantinha inalterada, com necessidade de garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. Ele destacou que a libertação de Braga Netto poderia gerar perigos decorrentes do envolvimento do militar em delitos severamente elucidados durante as investigações.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal revelaram que o general teria participado ativamente da articulação de um plano golpista e, supostamente, tentou acessar informações sigilosas relacionadas às delações de Mauro Cid, um ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Após a detenção, os advogados de Braga Netto contestaram a ideia de que ele teria obstruído as investigações, mas essa defesa não foi suficiente para mudar a opinião do Supremo.
O desdobramento deste caso e a manutenção da prisão de uma figura com grande influência no cenário político brasileiro alimentam intensas discussões sobre a postura das autoridades e a segurança das instituições democráticas no país. A decisão coloca em evidência a responsabilidade do judiciário em garantir a integridade do processo legal em tempos de tensões políticas.