As investigações conduzidas pela Polícia Federal revelaram que Ronald Alves teria desempenhado um papel essencial na vigilância da rotina da vereadora Franco, transmitindo informações ao então ex-policia Ronnie Lessa, considerado o executor do crime. Robson Calixto, por sua vez, está acusado de ter fornecido a arma utilizada na execução para Lessa, ação que evidenciou sua colaboração nas tramas que culminaram no homicídio.
Ao decidir pela manutenção da custódia dos réus, Moraes reforçou a importância de proteger a ordem pública e garantir a aplicação da lei penal. O ministro argumentou que a periculosidade demonstrada pelos réus, somada ao contexto do caso, justifica a continuidade das prisões preventivas. Ele declarou que é imprescindível assegurar o cumprimento da legislação e prevenir potenciais ameaças à ordem pública.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se envolveu no caso e, em sua última manifestação, sustentou a condenação dos acusados, incluindo não apenas Ronald Alves e Robson Calixto, mas também outros personagens centrais, como Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, o ex-deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, e o ex-chefe da Polícia Civil do estado, Rivaldo Barbosa.
Conforme relatos de Ronnie Lessa, que admitiu ter sido o responsável pelos disparos contra Marielle, os irmãos Brazão e Barbosa teriam exercido funções de mandantes do crime, garantindo apoio logístico e operacional. A investigação sugere que o assassinato estava ligado à resistência da vereadora Franco a interesses políticos e econômicos que os Brazão representavam, especialmente em áreas dominadas por milícias.
Os acusados, no entanto, negam veementemente qualquer envolvimento nas atividades criminosas e os depoimentos durante a instrução do processo reafirmaram essa negação. Assim, o caso continua a se desenvolver com um grande número de desdobramentos, mostrando o quanto a luta por justiça ainda é desafiadora no Brasil.