Os filhos de Bolsonaro, especialmente Flávio e Carlos, têm sido figuras centrais em diversas polêmicas que envolvem a administração anterior. Desde o início da apuração das possíveis ameaças à democracia, os nomes deles surgiram como protagonistas em um debate que transita entre questões de segurança nacional e liberdade de expressão. A decisão de Moraes de vetar os depoimentos foi apoiada por argumentos que destacam a necessidade de garantir certa proteção a membros da família presidencial, considerando o intenso clima político e as ameaças que, segundo ele, esses indivíduos podem enfrentar.
Essa medida também levanta a questão sobre a autonomia do Judiciário em conduzir investigações que envolvem figuras políticas de alto escalão, e quanto à relação entre a Justiça e o Executivo. Críticos da decisão advertem que limitar os depoimentos pode enfraquecer o processo investigativo, prejudicando a elucidação de fatos que poderiam esclarecer a trama em análise e trazer à luz os responsáveis por eventuais conspirações contra a ordem democrática.
A repercussão da decisão de Moraes poderá ter desdobramentos significativos nos próximos meses, principalmente com relação ao clima eleitoral que se aproxima. Grupos políticos e movimentos sociais estão atentos e reagem com diferentes graus de entusiasmo ou preocupação, dependendo de suas perspectivas políticas. Sendo assim, o cenário continua tenso e cheio de incertezas, refletindo uma sociedade polarizada e em busca de respostas mais claras sobre os limites do poder e da accountability no Brasil contemporâneo.