Moraes enfatizou que a soberania do Brasil é inquestionável e que a defesa da democracia não se limita a fatores circunstanciais ou a nações específicas. “Pouco importa quais são ou quais serão os inimigos, sejam nacionais ou internacionais. Um país soberano como o Brasil saberá defender sua democracia,” destacou o ministro, ressaltando a importância da independência nacional em tempos de crise política.
Essas assertivas de Moraes vêm em um contexto de crescente controvérsia e críticas, especialmente de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro tem sido alvo de hostilidade não apenas no âmbito político nacional, mas também internacionalmente, após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos ter enviado uma comunicação ao governo brasileiro questionando as ações de Moraes. Recentemente, ele determinou a exclusão de perfis em redes sociais que supostamente se opõem às diretrizes estabelecidas no Brasil, o que gerou reações acaloradas.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, indicou que a possibilidade de sanções contra Moraes é considerada “grande”. Neste cenário delicado, ele também atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República para investigar o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro por possíveis crimes relacionados a coação e obstrução de justiça. Eduardo, que reside nos Estados Unidos, é acusado de tentar incitar ações governamentais estrangeiras contra Moraes, que lidera investigações sobre uma série de temas espinhosos, incluindo as estratégias de desinformação nas redes sociais e outros desdobramentos políticos.
Com um ambiente tão polarizado, as declarações de Moraes refletem uma determinação em preservar a integridade do processo democrático, ao mesmo tempo em que pontuam a resistência do Brasil frente a desafios externos e pressões políticas. A defesa da democracia, segundo ele, é um dever inalienável do Estado brasileiro e não permitirá que fatores externos comprometam sua estabilidade.








