Segundo Marques, as fotos e vídeos compartilhados por Aécio nas redes sociais comprovam sua adesão aos manifestantes que adentraram o Congresso Nacional utilizando de violência, contribuindo assim para os danos causados ao patrimônio tombado. No entanto, o ministro discorda de Moraes em relação às acusações de atentado contra a democracia e golpe de Estado, afirmando que seria necessária uma ameaça direta às autoridades dos poderes para caracterização desses crimes.
Para Marques, apesar da gravidade dos acontecimentos no dia 8 de janeiro, tais manifestações não configuraram uma tentativa de abolir o Estado democrático de direito. Essa posição do ministro gerou um grande debate entre os membros da Corte, que após o voto de Nunes Marques, suspendeu o julgamento até a retomada amanhã (14).
Ainda é importante ressaltar que Aécio Lúcio, morador de Diadema (SP), foi preso pela Polícia Legislativa no plenário do Senado durante os atos golpistas e continua detido por determinação do ministro Moraes. A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o réu participou ativamente da depredação do Congresso Nacional, quebrando vidraças, portas de vidro, obras de arte, equipamentos de segurança, além de utilizar substância inflamável para incendiar o tapete do Salão Verde da Câmara dos Deputados.
A defesa de Aécio Lúcio, por sua vez, rebateu as acusações e argumentou que o julgamento no STF é político, mostrando seu descontentamento com a condução do processo. Agora, resta aguardar a continuação do julgamento para que, finalmente, seja proferida a decisão final em relação à conduta de Aécio Lúcio Costa Pereira e demais réus envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.