JUSTIÇA – Ministro Gilmar Mendes defende a instalação de câmeras em uniformes e viaturas policiais para combater abusos e garantir direitos fundamentais.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez um importante pronunciamento nesta sexta-feira (23) em defesa da instalação de câmeras e equipamentos de geolocalização nos uniformes e viaturas policiais. Mendes ressaltou a eficiência dessas medidas no combate a possíveis abusos por parte de agentes públicos, destacando a importância de uma política de segurança pública que respeite os direitos fundamentais.

Durante a abertura do seminário Pacto pelo Rio, realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o ministro ressaltou a relevância da utilização de câmeras nos uniformes policiais como um instrumento fundamental para garantir a transparência das ações policiais. Ele mencionou a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, movida pelo PSB, na qual o STF restringiu operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia de covid-19, permitindo apenas situações excepcionais.

Além disso, Gilmar Mendes destacou a necessidade de um plano para reduzir a letalidade policial e promover o controle de violações de direitos humanos pelas forças de segurança. Ele enfatizou que o enfrentamento à criminalidade não deve se basear apenas no aumento das penas, mas também em medidas que abordem as questões sociais envolvidas na violência e no crime.

O discurso do ministro foi seguido por manifestações de outras autoridades presentes no evento, como o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes. Cláudio Castro defendeu um endurecimento da legislação penal para crimes violentos e propôs medidas mais rígidas para detentos, em consonância com a recente aprovação do Senado em relação ao fim da “saidinha” dos presos.

No entanto, as propostas de endurecimento da legislação penal e restrição de direitos dos detentos têm sido alvo de críticas por parte de pesquisadores e especialistas em segurança pública, que consideram tais medidas ineficazes no combate ao crime organizado. A discussão sobre a atualização das leis e a abordagem adequada para enfrentar a criminalidade continuam sendo temas de debates e reflexões no cenário político e jurídico brasileiro.

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