A prorrogação do prazo foi solicitada pela PF, que ainda precisa realizar algumas diligências pendentes antes de concluir as investigações. Uma das pendências é a oitiva de Silvio Almeida, que ainda não prestou depoimento e deve ser um dos últimos a ser ouvidos. Anielle Franco já foi ouvida em outubro do ano passado.
O inquérito está em andamento sob sigilo no STF, e o ministro André Mendonça decidiu que o caso deveria ser julgado pela Suprema Corte devido ao fato das acusações terem ocorrido quando Almeida ocupava o cargo de ministro. Após a conclusão das investigações, a Polícia Federal poderá decidir se irá indiciar ou não o ex-ministro com base nas conclusões do inquérito.
As acusações contra Silvio Almeida surgiram em setembro de 2024, quando a organização “Me Too” recebeu relatos de mulheres que afirmaram terem sido vítimas de assédio sexual por parte do professor e advogado. Após o escândalo, Almeida foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ex-ministro se defendeu das acusações, classificando-as como mentiras e ilações absurdas.
O desenrolar desse caso chama atenção para a importância de investigações sérias e imparciais diante de acusações de natureza tão grave, evidenciando a necessidade de que a justiça seja feita e os responsáveis sejam devidamente responsabilizados, caso as acusações sejam comprovadas.